quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uma boa idéia...quer dizer, ideia...

Após um longo tempo sem escrever, a pedido dos fãs ( ta, são poucos, mas até que tem, pois 3 pessoas comentaram no blog falando que gostaram dos meus posts e que eu deveria continuar a escrever, e eu não as conheço!!! ), estou voltando a postar. Não voltei antes porque estava sem criatividade ( aliás gostaria de comentar que desisti de jornalismo e estou fazendo o 1° período de marketing na faculdade, mas não é por isso que não postarei mais ). Hoje pensei comigo mesmo: queria uma idéia...quer dizer, ideia...não tem mais acento; e então: putz, ta aí o assunto! Nova regra de acentuação gráfica. Espero que não fiquem tristes se eu acabar colocando acento onde não tem ou hífen onde não deveria ter, afinal eu ainda tenho até 2012 pra aprender português de novo.


Esta história de nova regra de acentuação gráfica dá muita discussão. Muita gente contra e muita a favor. Mas e eu, o que penso?? Sou contra! Tantos anos já de português do Brasil e português de Portugal, pra quê mudar?? E pior, mudou muito para nós brasileiros, já que para os portugueses mudou quase nada. Nós que temos que nos acostumar com os hífens em novas posições e com as ausências dos "chapeuzinhos da vovó" e dos "chapeuzinhos do vovô", e eles só tem que se acostumar com uns "c" a menos como em acção ( era assim lá e agora é ação ). Por sinal, para que esta coisa de "vamos unificar o idioma com os nossos irmãos lusitanos"? Eles atrasaram nosso desenvolvimento econômico e industrial e nós ainda queremos unificaçãozinha...ah, me poupe! Deveríamos querer ter nosso dialeto e basta, até porque já estamos acostumados com esse nosso "brasileirês". Por que comer linguiças e não lingüiças?? Será que a fome é tanta que tem que comer o trema junto?? Se já há uma freqüência em escrever assim, por que mudar esta frequência?? Olhe como podemos ter muitas mudanças em uma única refeição: com freqüência esquento lingüiças no microondas; transformou-se em: com frequência esquento linguiças no micro-ondas.



Todos teremos que fazer um cursinho intensivo com uma nova gramática para aprendermos o novo português. Eu me sinto uma toupeira, porque justo quando aprendi a usar mais ou menos a porcaria do tracinho, vou ter que aprender de novo. Mas enfim, como disse lá em cima, ainda tenho até 2012 para aprender.



E você, o que achou??


6 comentários:

Anônimo disse...

Estou no sétimo de jornalismo e te digo: Você deve AMAR a profissão e não apenas GOSTAR. Só amando voce aceita trabalhar sábados, domingos, feriados... pegar plantao ás 6:00 da manhã.... e uma série de coisas!

E o portugues é muito chato! as regras que deveriam mudar mesmo eles nao mudam, como a porra dos porques que eu nao consigo aprender nem fodendo!

Anônimo disse...

O Brasil não muda mesmo... Escrevo esse comentário com o maior sentimento de decepção que um brasileiro pode ter. A "distorção cultural" chegou ao insuportável. Depois da importação de músicas da Rihanna (será que é assim que se escreve??) por gente que não sabe escrever o próprio nome, chegamos à importação da língua não só de nossos "(a)fundadores" mas também dos nossos irmãos pobres. Os poucos que sabiam escrever a própria língua, agora são analfabetos. Bacana essa coisa de ensinar crianças de CIEP (diga-se de passagem antes já analfabetas) que, agora, a lingüiça que já nem tinham para comer está faltando pedaços. Mais bacana ainda é saber que que nem os professores (coitados! vão ter que ensinar de qq jeito as criancinhas do CIEP)sabem mais escrever a própria língua! E NÃO me digam que isso facilitará o intercâmbio com nossos irmãos pobres e nossos (a)fundadores! Estes, a partir desta reforma ortográfica, falarão em menos letras e aqueles continuarão sem dinheiro para bancar os estudos "no estrageiro". A conclusão que tiro é a de que devo me acostumar com o "salve Bechara - o pseudo-intelectual (tem hífen???) - e à merda França e Machado de Assis. Esse é o futuro da Terra Papagalli.

PS: Essa dos "porquês" foi ótima!!

Leandro disse...

Nada verdade Douglas, vc está equivocado. Apenas 0.6% das palavras mudaram no portugues brasileiro, enquanto em Portugal 1.5%. Os dois pontos parecem pequenos porém a reforma causou muito mais revolta por lá, e temem expecialistas que ela nem pegue...
A reforma pretende que a SEXTA lingua mais falada no mundo tenha status... Acontece que ninguem quer mais aprender nossa lingua por causa da diferença que existe em todos os países.
abs

Douglas Almeida disse...

Leandro, enquanto lá praticamente as mudanças foram apenas os "c" a menos, aqui tivemos mudanças significativas na acentuação e no uso do hífen.
Talvez não tenhamos aqui tantas pessoas revoltadas por conta da reforma porque muitas estão felizes com o sumiço do trema e de alguns acentos, já que muitas já não usavam.
Outra coisa é que não entendi porque o caps lock no SEXTA língua mais falado do mundo. Logicamente nossa língua é a sexta mais falado do mundo, já que o suomi ( língua falada na Finlândia ), o sueco, entre outros só são falados lá. Não vejo nada de mais nisto.

Abraços

Samir Oliveira disse...

Motivos econômicos estão por trás de todo esse blablablá de unificação cultural. O parque gráfico brasileiro é muito maior que o de Portugal e das outras nações de língua portuguesa. Com a unificação gramática total da do idioma, fica muito mais fácil o acesso de nossas editoras ao mercado português, sem falar nos outros países. Afinal, os povos não vão se sentir mais próximos por possuirem exatamente a mesma estrutura linguistica. Mas as editoras certamente vão lucrar muito mais.

Diogo Marques disse...

Na minha opinião, apesar das inconveniências, é válida a reformulação (ou re-formulação?) da língua portuguesa. Nosso idioma deve ter uma identidade. Atualmente cada país que fala o português tem o seu "português".
A "nova" língua portuguesa é mais do que uma simples reformulação (de novo?). É errado pensar assim: vendo como benefício (ou malefício, depende da sua visão). Não é um fato isolado. Você, estudante de Relações Internacionais, deve saber disso bem mais que eu. É mais do que aproximação cultural.
Porque não reclamamos quando "aportuguesamos" palavras de origem inglesa, tipo "deletar" e outras mais?
Não vou mentir. Também acho um incômodo ter que reaprender (ou re-aprender?) um monte de coisas novas, tirar hífem daqui, colocar ali, dobrar consoante e outras coisas mais... eu mesmo ainda pouco sei a respeito das mudanças. Vou fazer como todo brasileiro: esperar até 2012 pra aprender.