domingo, 7 de agosto de 2011

Mais seguros ou mais vulneráveis?

A campanha pelo desarmamento da população brasileira vem à tona regularmente com propagandas na televisão, sempre mostrando que uma arma pode ser a causa da morte de um inocente. Sei que isso não foi uma imposição, pois houve referendo para saber da aprovação popular, mas me questiono e agora exponho, será que o desarmamento da população nos torna mais seguros ou mais vulneráveis?
Por um lado nos torna mais seguros, posto que a arma possa ser manuseada por uma criança, adolescente ou outra pessoa sem prática e gerar a morte de um inocente, além de prevenir que pessoas estressadas ou raivosas acabem por atirar em alguém por uma simples briga de trânsito ou por diversidade de opiniões.
Por outro lado, o desarmamento nos deixa mais vulneráveis, visto que não há fiscalização e registro das armas que existem, de maneira que se fossem vendidas legalmente, elas teriam registro com todos os dados do portador. Além disso, outro fator negativo é o fato de que estamos nos protegendo de nós mesmos, mas estamos nos tornando vulneráveis aos criminosos, já que eles não vão entregar suas armas. Até seria válido se houvesse o desarmamento dos criminosos, mas isto deveria ocorrer antes ou em paralelo.
Segundo teoria do inglês John Locke, o homem tem direito à propriedade e, em consequência, à defesa desta. Nos EUA, alguns estados permitem o porte de armas baseados nas teorias de John Locke. Pessoalmente, acho esta teoria muito válida.
Em minha opinião, deveria ser permitido o porte de armas, mas de maneira controlada, com registro e só poderia ter porte quem tivesse treinamento para tal. Não possuo arma, mas acho válido tê-la, desde que se tenha treinamento. Não há nada demais em querer se defender, desde que seja realmente para defesa.
E para você, estamos mais seguros ou mais vulneráveis com o desarmamento da população?

Um comentário:

Diogo Marques disse...

Compactuo de suas mesmas ideias quanto à segurança do cidadão comum frente à violência urbana, entretanto, segundo o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003), ao contrário do que você disse, prevê que o indivíduo que desejar possuir o porte ou o registro da arma de fogo de uso permitido, deverá submeter-se à uma série de testes, todos constantes do parágrafo 4º, incisos I, II e III. Além disso o mesmo deverá renovar seu porte/registro a cada 3 anos. Da mesma forma, a Polícia Federal mantêm rígido controle sobre as revendedoras de armas de fogo. Portanto, acredito que fiscalização quanto à venda/aquisição de armas é bem criterioso, pois não é qualquer cidadão que pode requerer este direito. A questão de adolescentes, crianças ou pessoas desequilibradas não é o pior dos problemas, pois quem infringir a referida Lei terá de cumprir sanções rigorosas.
Na minha opinião, o problema está no uso de armas de fogo por pessoas que desejam fazer o mal. Para isto é necessário muito mais do que fiscalização e burocracia. O que deve ser feito imediatamente, neste caso, é aumentar o efetivo policial e das Forças Armadas nas fronteiras secas, nos aeroportos e portos do país, com a finalidade de evitar a entrada ilegal.
Finalmente, não concordo com a proibição de uso de armas de fogo pelo cidadão comum, desde que sejam criteriosamente selecionados e que, simultaneamente, sejam empregados meios para conter o contrabando.
Vou parar por aqui... este assunto é interminável. Espero ter contribuído para fomentar a discussão.
Enfim, parabéns pelo post. Muito bom!