No domingo, dia 17 de Abril de 2016, o impeachment da
Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela câmara dos deputados. O processo
ainda está em trâmite nas esferas governamentais e, desta forma, ainda vai
passar por aprovação do pedido de impeachment por uma comissão especial no
Senado, formado por 21 senadores titulares e 21 suplentes. Caso seja aprovado
por maioria simples (metade mais um), o processo terá seu prosseguimento e
Dilma será afastada do cargo por 180 dias, sendo substituída interinamente pelo
vice Michel Temer; caso seja recusado, o processo é arquivado e vida que segue
com a manutenção de Dilma como presidente da república.
Neste novo momento, conforme ocorrido no impeachment de
Fernando Collor de Mello, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Ricardo Lewandowski, assume o comando do processo. Dilma então, se tornará ré e
poderá se defender, serão ouvidas testemunhas e analisadas provas. Será feito
um novo relatório pela comissão especial e será então votado novamente pela
comissão e então, pelo senado. Sendo rejeitado, Dilma reassume a presidência de
forma absoluta e, sendo aceito, vai a julgamento. Com a aprovação de 54 dos 81
senadores, o atual vice-presidente, Michel Temer, assume o governo até o fim do
mandato, em 2018.
Ah, sim, entendi, mas e daí?
Agora vem minha opinião, não pura e simplesmente sobre o
impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas da situação política em geral do
Brasil. É correto investigar e punir a presidente pelos erros cometidos? Claro!
Mas não só ela, não só o PT, todos, independente de partido. Não podemos entrar
nessa associação automática que a mídia tentar imputar em nossa cabeça de que o
PT é o problema. O PT é UM dos problemas, juntamente com outros muitos partidos
que não me cabe citar, até mesmo para não cometer a injustiça de não citar um e
atuar da mesma forma que a mídia – apesar de eu crer que todos os partidos
estão, de alguma forma, ligados a corrupção ou desvio de verba (também chamado
de roubo).
Temos que exigir que os políticos sejam julgados e condenados
pelos atos ilícitos que cometeram, independente de partido, aliados ou
posicionamento político. Assim como a Dilma tem grande chance de sofrer o
impeachment, temos que pressionar a mídia e os políticos para que Michel Temer,
Eduardo Cunha, Renan Calheiros e demais, sejam julgados. De que adianta o
governo sair da mão dela e ir para a mão do Temer, que já tem seu nome ligado a
diversos escândalos? Nem mesmo a tão esperada valorização do real diante do
dólar após o julgamento do impeachment ocorreu.
Tenho meu
posicionamento político e ele pouco importa no atual contexto da nossa
política, pois a questão não é ser “coxinha” ou “petralha”, é ser brasileiro e
querer o melhor para o país. O que eu quero é justiça para todos, nem que
tenhamos que refazer toda a câmara, todo o senado e todo o governo. Estamos
mesmo precisando dar um “reset” (ou dar uma descarga) na política brasileira!