Eis que nesta terça-feira, dia 14 de Abril de 2016, a ABIN (Associação
Brasileira de Inteligência) divulga que, em Novembro de 2015, Maxime Hauchard
(um dos líderes do Estado Islâmico, o EI) publicou em francês em sua conta no
Twitter (a conta já foi excluída pela empresa): “Brasil, vocês são nosso
próximo alvo, nós podemos atacar esse país de merda”. A postagem da mensagem
foi feita poucos dias após os atentados terroristas em Paris.
Mas antes, o que é a ABIN e o que é o Estado Islâmico (EI ou
ISIS)?
O que é a ABIN? ABIN é a agência de inteligência brasileira,
criada em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, no entanto existe uma
inteligência no país desde 1927. Ela é responsável por manter o governo
atualizado quanto a situações de defesa, segurança, relações exteriores,
desenvolvimento socioeconômico e desenvolvimento científico-tecnológico, de
forma a auxiliar o governo no processo de decisão. São analisados dados para
possibilitar a identificação de oportunidades e ameaças dentro dos assuntos
anteriormente citados.
O que é o Estado Islâmico? O Estado Islâmico (EI) ou ISIS
(abreviatura em inglês para Estado Islâmico) é um grupo extremista de
fundamento islâmico e composto por sunitas. O objetivo é estabelecer o califado
(forma islâmica monárquica de governo) por todo o Oriente Médio, pautado pela “Sharia”
(Lei Islâmica extraída a partir do Alcorão), além de expandir esse modelo pelo
mundo através do terror, a chamada Guerra Santa ou “Jihad”.
O resultado disto tudo é o monitoramento mais incisivo das
pessoas que juraram lealdade ao EI, os chamados “lobos solitários”. Estes são
os indivíduos que obedecem ao grupo extremista, mesmo que não seja pessoalmente
dado. Em caso de ordem para ataque terrorista, os lobos solitários podem ser
acionados para cometer atrocidades.
Outro reflexo é na preocupação maior em relação aos Jogos Olímpicos
e Paralímpicos a serem realizados na cidade do Rio de Janeiro entre Agosto e
Outubro deste ano. Os eventos serão repletos de delegações de diversos países do mundo, inclusive de países em choque com o grupo terrorista. Se já havia uma apreensão acerca de atentados terroristas,
ela se ampliou e é justificativa para agora estreitar os laços com polícias
internacionais e agências de espionagem que possam auxiliar na identificação de
possíveis ataques. Os treinamentos devem ser intensificados e devem ser estudadas
com muita cautela as evacuações dos estádios e ginásios onde os eventos vão
ocorrer.
2 comentários:
Já levantei esse assunto milhões de vezes em grupos de discussão aos quais participo. Tudo o que eu vi foram as pessoas rindo. Como eu sempre digo: a segurança é culturalmente negligenciada o tempo todo pelos brasileiros. Nós só vamos dar o verdadeiro valor à ela quando sofrermos as perdas, que são, na maioria das vezes, irreparáveis.
O Brasil é um país frágil e, pelas suas dimensões, é muito difícil de se manter a segurança. As autoridades que fiscalizam a entrada e saída de pessoas são falhas (resultado cultural da negligência, pessoal mal treinado e de doutrina) e mal equipadas.
Por ocasião das Olimpíadas, a entrada e saída de pessoas vai ser absurda e, corremos sim, o risco de sermos atacados. O ISIS já nem precisa mais entrar no território para cometer os ataques, como bem descrito no texto. Eles usam os próprios nativos "convertidos" ao Islã para fazê-lo.
Acredito que, o trabalho conjunto das forças de segurança brasileira, aliado ao estreitamento dos laços com as agências de Inteligência de outros países, levantando informações, realizando diversos monitoramentos, controlando rigidamente as nossas entradas, além do investimento em treinamento, material e tecnologia, poderão reduzir o risco de sermos alvo dos terroristas. Não pode somente os órgãos de segurança receberem treinamento. O pessoal que trabalha na organização dos eventos também devem conhecer os procedimentos de segurança em caso de evacuações, incêndios, pânico etc.
Novamente venho dar os parabéns, pela exploração desse assunto muito importante.
Rogamos a Deus para que tudo neste período transcorra na paz!
Mas precisamos estar preparados, melhor pecarmos pelo excesso, do que pela omissão.
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