segunda-feira, 25 de abril de 2016

Só o impeachment de Dilma é a solução?


No domingo, dia 17 de Abril de 2016, o impeachment da Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela câmara dos deputados. O processo ainda está em trâmite nas esferas governamentais e, desta forma, ainda vai passar por aprovação do pedido de impeachment por uma comissão especial no Senado, formado por 21 senadores titulares e 21 suplentes. Caso seja aprovado por maioria simples (metade mais um), o processo terá seu prosseguimento e Dilma será afastada do cargo por 180 dias, sendo substituída interinamente pelo vice Michel Temer; caso seja recusado, o processo é arquivado e vida que segue com a manutenção de Dilma como presidente da república.

Neste novo momento, conforme ocorrido no impeachment de Fernando Collor de Mello, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, assume o comando do processo. Dilma então, se tornará ré e poderá se defender, serão ouvidas testemunhas e analisadas provas. Será feito um novo relatório pela comissão especial e será então votado novamente pela comissão e então, pelo senado. Sendo rejeitado, Dilma reassume a presidência de forma absoluta e, sendo aceito, vai a julgamento. Com a aprovação de 54 dos 81 senadores, o atual vice-presidente, Michel Temer, assume o governo até o fim do mandato, em 2018.

Ah, sim, entendi, mas e daí?

Agora vem minha opinião, não pura e simplesmente sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas da situação política em geral do Brasil. É correto investigar e punir a presidente pelos erros cometidos? Claro! Mas não só ela, não só o PT, todos, independente de partido. Não podemos entrar nessa associação automática que a mídia tentar imputar em nossa cabeça de que o PT é o problema. O PT é UM dos problemas, juntamente com outros muitos partidos que não me cabe citar, até mesmo para não cometer a injustiça de não citar um e atuar da mesma forma que a mídia – apesar de eu crer que todos os partidos estão, de alguma forma, ligados a corrupção ou desvio de verba (também chamado de roubo).

Temos que exigir que os políticos sejam julgados e condenados pelos atos ilícitos que cometeram, independente de partido, aliados ou posicionamento político. Assim como a Dilma tem grande chance de sofrer o impeachment, temos que pressionar a mídia e os políticos para que Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e demais, sejam julgados. De que adianta o governo sair da mão dela e ir para a mão do Temer, que já tem seu nome ligado a diversos escândalos? Nem mesmo a tão esperada valorização do real diante do dólar após o julgamento do impeachment ocorreu.


Tenho meu posicionamento político e ele pouco importa no atual contexto da nossa política, pois a questão não é ser “coxinha” ou “petralha”, é ser brasileiro e querer o melhor para o país. O que eu quero é justiça para todos, nem que tenhamos que refazer toda a câmara, todo o senado e todo o governo. Estamos mesmo precisando dar um “reset” (ou dar uma descarga) na política brasileira!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O Brasil pode ser o próximo alvo do Estado Islâmico?

Eis que nesta terça-feira, dia 14 de Abril de 2016, a ABIN (Associação Brasileira de Inteligência) divulga que, em Novembro de 2015, Maxime Hauchard (um dos líderes do Estado Islâmico, o EI) publicou em francês em sua conta no Twitter (a conta já foi excluída pela empresa): “Brasil, vocês são nosso próximo alvo, nós podemos atacar esse país de merda”. A postagem da mensagem foi feita poucos dias após os atentados terroristas em Paris.

Mas antes, o que é a ABIN e o que é o Estado Islâmico (EI ou ISIS)?

O que é a ABIN? ABIN é a agência de inteligência brasileira, criada em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, no entanto existe uma inteligência no país desde 1927. Ela é responsável por manter o governo atualizado quanto a situações de defesa, segurança, relações exteriores, desenvolvimento socioeconômico e desenvolvimento científico-tecnológico, de forma a auxiliar o governo no processo de decisão. São analisados dados para possibilitar a identificação de oportunidades e ameaças dentro dos assuntos anteriormente citados.

O que é o Estado Islâmico? O Estado Islâmico (EI) ou ISIS (abreviatura em inglês para Estado Islâmico) é um grupo extremista de fundamento islâmico e composto por sunitas. O objetivo é estabelecer o califado (forma islâmica monárquica de governo) por todo o Oriente Médio, pautado pela “Sharia” (Lei Islâmica extraída a partir do Alcorão), além de expandir esse modelo pelo mundo através do terror, a chamada Guerra Santa ou “Jihad”.

O resultado disto tudo é o monitoramento mais incisivo das pessoas que juraram lealdade ao EI, os chamados “lobos solitários”. Estes são os indivíduos que obedecem ao grupo extremista, mesmo que não seja pessoalmente dado. Em caso de ordem para ataque terrorista, os lobos solitários podem ser acionados para cometer atrocidades.


Outro reflexo é na preocupação maior em relação aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos a serem realizados na cidade do Rio de Janeiro entre Agosto e Outubro deste ano. Os eventos serão repletos de delegações de diversos países do mundo, inclusive de países em choque com o grupo terrorista. Se já havia uma apreensão acerca de atentados terroristas, ela se ampliou e é justificativa para agora estreitar os laços com polícias internacionais e agências de espionagem que possam auxiliar na identificação de possíveis ataques. Os treinamentos devem ser intensificados e devem ser estudadas com muita cautela as evacuações dos estádios e ginásios onde os eventos vão ocorrer.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

WhatsApp mais seguro! Será?

Estava eu abrindo uma conversa no famoso mensageiro instantâneo, o WhatsApp, quando me deparei com uma mensagem: “As mensagens que você enviar para esta conversa e chamadas agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta”. Vamos então destrinchar essa novidade do mensageiro?

Recentemente, a Apple enfrentou uma batalha judicial com o FBI nos EUA. O FBI solicitou que a Apple desbloqueasse o aparelho telefônico (no caso, um iPhone) de um dos envolvidos do ataque que deixou 14 pessoas mortas na Califórnia. No entanto, a empresa se recusou a fazê-lo afirmando não ser possível o desbloqueio sem a senha do usuário, e que a criação de uma ferramenta que viabilizasse o desbloqueio e o consequente acesso ao celular seria nociva para a segurança dos demais usuários da marca.

Um dos argumentos da empresa do Vale do Silício é que o desbloqueio poderia pôr em risco a população de países com governos ditatoriais, ou seja, que desrespeitem os direitos humanos. Outro deles, é que daria margem para o FBI ordenar que sejam ligados câmera e microfone dos usuários. O CEO da Apple, Tim Cook, afirmou que a empresa faria o desbloqueio se nós vivêssemos em um mundo ideal, onde o software criado não fosse utilizado contra pessoas de bem (vídeo com a entrevista do CEO neste link http://abcnews.go.com/WNT/video/exclusive-apple-ceo-tim-cook-sits-david-muir-37174976).

A Apple informou que já vinha desenvolvendo melhorias no campo da segurança, porém isto se intensificou com esta situação. A ideia é que o sistema solicite a senha do usuário no momento da instalação de um novo iOS, após entrar em modo de recuperação. Atualmente, o iOS não solicita a senha nesse procedimento.

Mesmo com a recusa da gigante do mercado de eletrônicos, o FBI conseguiu desbloquear o aparelho do terrorista com uma empresa terceira.

Mas, alguns podem se perguntar, o que isso tem a ver com o WhatsApp?

Bem, diante do embate judicial entre FBI e Apple e também do bloqueio do próprio WhatsApp em dezembro de 2015 (por não atender a uma demanda do tribunal criminal de São Bernardo do Campo), o WhatsApp anunciou o aumento na segurança, assegurando a forte encriptação dos dados. Apenas o destinatário da mensagem que você enviou tem acesso a mesma. Nem mesmo os próprios funcionários do mensageiro tem acesso à mensagem. Segundo a própria empresa informou, “Nem criminosos, nem hackers, nem regimes opressores. Nem mesmo nós” tem acesso ao conteúdo das mensagens (inclua aqui também imagens, vídeos e áudios).


E agora? Básica e operacionalmente, para nós meros mortais, nada mudou. Só que o fluxo de dados está muito mais seguro para todos, mas todos mesmo, inclusive para terroristas, loucos e sãos. Até que ponto isso é bom ou ruim? Isso cabe a você participar do blog dando a sua opinião e assinando a newsletter e/ou o feed!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Guerra de Nagorno-Karabakh? Oi?

Em pleno século XXI, tantos anos após a Guerra Fria que dividiu o mundo em três esferas – zona de influência estadunidense, zona de influência soviética e MNA (Movimento dos Não-Alinhados) –, o mundo ainda possui conflitos localizados e sazonais sobre disputa de território, neste caso, uma situação advinda exatamente da Guerra Fria.

Por esses dias, lendo notícias internacionais, me deparei com uma notícia de cessar-fogo do Azerbaijão contra a Armênia e me questionei “nem sabia que estava tendo um conflito lá”. Então, fui buscar informações e agora venho aqui lhes apresentar.

Nagorno-Karabakh é uma região situada geograficamente no Azerbaijão, porém ocupada por uma mistura étnica de azeris e armênios (maioria), dominada por um grupo separatista da maioria, e que foi palco de disputa entre os dois países por anos entre as décadas de 1980 e 1990. Em 1994, foi inaugurado um cessar-fogo, que é interrompido vez ou outra por pequenos incidentes. O presidente russo, Vladimir Putin, pede que os lados respeitem o cessar-fogo quando conflitos maiores ocorrem – a Armênia possui apoio de Rússia e Irã, enquanto o Azerbaijão tem relações bem estabelecidas com Israel e Turquia.

Recentemente, o presidente russo teve de solicitar novamente que fosse respeitado o armistício, pois os países e o enclave separatista entraram em um conflito maior do que os incidentes pontuais. Mísseis foram lançados e soldados foram mortos até que no domingo, dia 03 de Abril de 2016, o Azerbaijão anunciou o retorno ao cessar-fogo de forma unilateral, apesar de informar que o embate pode continuar se a Armênia não parar. Tanto a Armênia quanto o grupo separatista não deverão aceitar a mudança na linha estabelecida no armistício, proporcionada pelo avanço das tropas azeris. Estas últimas conseguiram o controle de uma região montanhosa estratégica ao redor de aldeias em Nagorno-Karabakh.

Ontem, dia 05 de Abril de 2016, o Azerbaijão e o grupo separatista da região anunciaram um cessar-fogo. Isto ocorre no mesmo dia em que estava prevista uma reunião do grupo de Minsk para tratar do problema no âmbito da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

Aguardemos os próximos passos! Mas tudo parece caminhar para a resolução, ao menos (mais uma vez) provisória.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Breve análise das prévias republicanas

Após fazer uma breve análise dos candidatos do partido democrata, hoje vou abordar as prévias para presidência dos Estados Unidos da América (EUA) pelo partido republicano. A série que começou com a explanação de como funciona o processo eleitoral para presidente dos EUA e está passando pelos candidatos nas prévias, vai ser concluída após a decisão final, com o anúncio do novo presidente da maior (para mim e para outros, a única) potência.

Três candidatos permanecem na disputa das prévias: John Kasich, governador de Ohio; Ted Cruz, senador pelo estado do Texas; e Donald Trump, empresário e personalidade da TV. Portanto, primeiramente, vou começar citando de forma simplória e cronológica os candidatos republicanos mais significativos que já deixaram a disputa. São eles:
  • Mike Huckabee, ex-governador do Arkansas, deixou a disputa em 01 de Fevereiro de 2016;
  • Rand Paul, senador em exercício pelo estado de Kentucky, deixou a disputa em 03 de Fevereiro de 2016;
  • Carly Fiorina, empresária e ex-CEO da Hewlett-Packard (HP), deixou a disputa em 10 de Fevereiro de 2016;
  • Jeb Bush, ex-governador da Flórida e irmão do ex-presidente George W. Bush, deixou a disputa em 20 de Fevereiro de 2016;
  • Ben Carson, físico, deixou a disputa em 04 de Março de 2016;
  • Marco Rubio, senador pelo estado da Flórida, deixou a disputa em 15 de Março de 2016.

John Kasich é: contra o aborto (exceto em casos de estupro, incesto e risco de vida para a mãe); é a favor de armas para defesa de propriedade e de família (mas crê que deveria haver maior fiscalização e que nem todas as armas deveriam ser passíveis de serem adquiridas, como uma AR-15); pensa que o corte de taxas para corporações e indivíduos e disciplina fiscal ajudariam no crescimento econômico; é contra o programa de saúde “Obamacare”, dizendo possuir seu próprio programa, já está sendo executado em Ohio; não é a favor da deportação dos imigrantes, mas da legalização, de pagamento de taxas por estes e do controle na entrada e saída; acredita no casamento tradicional, mas não é contra homossexuais.

Ted Cruz é: a favor da vida, ou seja, contra o aborto; é contra leis rigorosas pela proibição de armas, sendo então a favor do direito de defesa; é a favor da implantação de uma taxação variada de acordo com algumas situações (disponível em tedcruz.org); é contra o sistema de saúde “Obamacare” (pensa que este gerou um aumento nos preços dos planos de saúde); é a favor do endurecimento das regras para imigrantes e contra a anistia dada por Barack Obama, além de ser a favor de reforçar as fronteiras do país; é a favor da “família tradicional”, segundo ele, o casamento entre um homem e uma mulher.

Donald Trump é: contra o aborto (exceto em casos de estupro, incesto e risco de vida para a mãe); contra o controle de armas, sendo a favor do direito de defesa; contra o programa de saúde “Obamacare”, afirmando que vai cuidar de todos através de acordos com hospitais; a favor da redução de impostos para a classe média e para os que estão ganhando muito dinheiro, o que seria uma forma de incentivá-los; é muito polêmico na questão migratória, ao dizer que os imigrantes levam crime, droga, estupro, além da afirmação surreal de criação de um muro entre EUA e México (e que seria pago forçadamente pelo México); discriminatório na questão LGBT, sendo contra a igualdade.

Não vou fugir do propósito do blog que é expor minha opinião. Pelo lado republicano, minha preferência é por John Kasich. Pelo lado democrata, fico com Bernie Sanders. Entretanto, acredito que teremos Donald Trump e Hillary Clinton, respectivamente, como candidatos de cada partido.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Breve análise das prévias democratas

Depois da explicação sobre o processo para escolha dos candidatos de cada partido e, posteriormente, para a eleição do presidente estadunidense (certamente um processo bastante confuso para nós, brasileiros), chegamos agora ao ponto de fazer uma breve análise dos candidatos das prévias. Para a postagem não ficar muito grande, separarei em duas: breve análise dos candidatos à presidência pelo partido democrata e breve análise dos candidatos à presidência pelo partido republicano.

Pelo lado do partido democrata, a disputa é mais direta, são dois candidatos: de um lado a ex-esposa e ex-secretária de Estado dos EUA (no período de 2009 a 2013, durante governo Barack Obama), Hillary Clinton; e de outro, Bernie Sanders, ex-prefeito de Burlington e ex-Senador (grato por um leitor que me retificou, ele ainda é Senador) dos EUA por Vermont. O partido democrata não é propriamente um partido socialista, mas pode ser considerado como mais a esquerda, principalmente, se em comparação ao partido republicano.

Bernie Sanders, ou apenas Bernie (como ele gosta de ser chamado), se auto-proclama um socialista e possui ideias bem delineadas. Ele é a favor: do ensino superior gratuito; do sistema nacional de saúde (financiado pelo governo federal); da taxação dos ricos para financiar os projetos do governo; da liberdade de escolha acerca de ter ou não armas (desde que haja uma checagem de antecedentes); do aumento do salário mínimo por hora trabalhada; de um forte investimento em infraestrutura, contribuindo com a criação de empregos; da diplomacia como primeira ação na política externa; dentre outras propostas interessantes.

Hillary Clinton lutou pela expansão do acesso ao sistema de saúde desde quando ainda era primeira dama, no governo de Bill Clinton, e ainda permanece nessa luta; apoia o controle rígido de armas, mas não sua proibição; crê numa reforma na imigração, mas de maneira “compreensiva”; forte investimento em infraestrutura, visando fortalecer a economia e levando acesso a Internet de banda larga para todos os estadunidenses e mais; igualdade para o grupo LGBT; combate ao Estado Islâmico (ISIS) e ao terrorismo global, além de um reforço e uma ampliação das relações com outros países; dentre outras propostas.


Pelo lado democrata, portanto, podemos ver uma linha de raciocínio não muito distante uma da outra, e um alinhamento mais a esquerda, como já citado. Até o momento, a candidata Hillary Clinton vem ganhando com folga as prévias, que ainda vão até junho deste ano, mas ainda há esperança para Bernie Sanders.

segunda-feira, 14 de março de 2016

O confuso processo presidencial dos EUA

Estamos em ano de disputa eleitoral para presidente dos Estados Unidos (EUA) e vemos notícias o tempo todo falando de vitórias de uns e outros candidatos em determinados estados. Mas para estarmos mais antenados com o que acontece na agitada disputa presidencial, precisamos entender como funciona o confuso processo para escolher o próximo presidente da única potência mundial.

Como os EUA são uma federação, os estados têm direito a organizar o processo de votação como eleições primárias (também chamado de prévias) ou “caucus” (não há tradução para o português). Independente do tipo de votação, esta é só a primeira fase das eleições, isto é, aqui ainda está sendo escolhido o candidato que vai representar o partido na eleição presidencial.

As eleições primárias são formatadas como uma eleição convencional (para nós, brasileiros). O único fato curioso é que, em alguns estados, a eleição é chamada de primárias fechadas, isto é, apenas os eleitores filiados a algum partido podem participar. Consequentemente, primárias abertas são o modelo no qual qualquer cidadão pode votar.

O outro processo é o chamado “caucus” (também pode ser aberto ou fechado), onde os eleitores votam em delegados, que, posteriormente, na convenção nacional do partido votarão em um dos candidatos. O detalhe é que o delegado não é obrigado a seguir o candidato do eleitorado, mas, geralmente, seguem sim. Este formato não é, então, um voto direto para os eleitores. E outra observação curiosa é que os votos dos eleitores nos delegados ocorrem num tipo de assembleia, onde ocorre conversa entre os eleitores, de forma que pode ser que um convença o outro a votar em determinado candidato, em detrimento de outro.

Agora sim chegamos à segunda fase, onde será eleito o presidente dos EUA. Novamente, é de forma indireta para o eleitor. No dia das eleições, o eleitorado vota em representantes que votam no seu candidato. Representantes escolhidos, é formado um colégio eleitoral, onde cada representante (cada estado tem sua cota de representantes baseado no tamanho da população) vota no seu candidato a presidente. São 538 representantes nesse ano de 2016, sendo que é necessário ter a metade mais um para se eleger, ou seja, 270 votos. Porém, há mais um detalhe: a maioria dos estados funciona no sistema “the winner takes it all”, quer dizer, se um estado com 20 representantes tiver 12 votos para o candidato A e 8 para o B, o candidato A recebe a totalidade dos votos do estado (20). Então, pode ocorrer de um candidato ter mais votos de representantes, mas perder por conta desse sistema.


Em caso de não obtenção dos 270 votos por nenhum candidato, a decisão vai para a Câmara dos Deputados, cada estado tendo direito a apenas um voto.

Confuso, né?